Lúpus e os Rins

Lúpus e os Rins

Rins:
O acometimento renal é freqüente em pacientes com lúpus pode apresentar-se das formas mais variadas.
Considerando-se que a nefrite ( é uma inflamação do rim causada por lúpus eritematoso sistêmico) é uma das manifestações de atividade lúpica, devemos estar sempre atentos para a possibilidade de que venha a agravar-se ou a instalar-se num paciente que antes não apresentava lesão renal. Para tanto, além das informações fornecidas pelo paciente e os achados do exame físico, a realização de exames laboratoriais simples como o exame de urina (“Urina I”) e a determinação de creatinina no sangue são necessários. Outros exames podem ser adicionados a estes uma vez constatada a lesão renal.
A biópsia do rim é eficaz para o diagnóstido das doenças renais em pacientes lúpicos, e é um procedimento em que um minúsculo pedaço de tecido renal é retirado para exame anátomo-patológico.
No lúpus, é importante fazer-se esse tipo de biópsia, pois tratamentos diferentes são indicados de acordo com a classe de nefrite encontrada na análise da biópsia. Ela também serve para estabelecer se a doença evoluiu para uma fase crônica, na qual não se deve mais insistir em fazer tratamento imunossupressor. Além disso, dentre outras aplicações, é muito útil para esclarecer por que motivo um paciente com lúpus está evoluindo com insuficiência renal.
Sem dúvida um dos pontos de maior interesse em relação ao problema renal no lúpus é o tratamento. As drogas mais freqüentemente utilizadas com esse fim, em nosso meio, são: prednisona (por via oral), azatioprina (por via oral), metilprednisolona (por via endovenosa) e ciclofosfamida (por via oral e por via endovenosa). Essas duas últimas medicações são bastante empregadas sob a forma de “pulsoterapias” por via endovenosa.
A nefrite lúpica que não é tratada ou que não responde a tratamento pode evoluir para insuficiência renal crônica; mas, mesmo quando tratamentos imunossupressores não mais podem deter esse processo, o paciente dispõe de “tratamento conservador” para garantir-lhe pelo maior tempo possível a utilização do que lhe resta de função renal. Cuidados com dieta e controle rigoroso da pressão arterial são medidas simples que podem lentificar a progressão da doença renal crônica para um fase em que a diálise é imprescindível.
O temor que, há algumas décadas, todos tinham diante do acometimento renal já não se justifica em nossos dias, pois com a disponibilidade de esquemas de tratamento mais eficientes a sobrevida do paciente com lesão renal vem melhorando continuamente.
Segue uma dica que uma reumatologista recomendou para fazer o controle da quantidade de urina:
Durante 3 dias alternados (exemplo segunda/quarta/sexta) medir a quantidade de todo o liquido que ingerimos, e também medir a quantidade de todo o liquido que expelimos pela urina.
Faça a medição com um copo medidor, não é preciso armazenar a urina, só veja a quantidade e anote. Em um papel anote os seguintes detalhes:
- dia:
- quantidade de liquido ingerido no dia:
- quantidade de liquido expelido pela urina:
- cor da urina (se está claro ou escura)
- cheiro da urina ( verificar se há cheiro forte):
- há espuma ou sangue na urina? :
Faça essas anotações durante 2 ou 3 dias alternados na semana (como vc tiver disponibilidade),leve essas anotações na próxima consulta, assim vc terá uma média do liquido que vc ingere com o liquido que é expelido, verificando assim a atividade renal juntamente com os exames complementares.

IMPORTANTE
• Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

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